O mercado de trabalho está passando por transformações, as estruturas rígidas das companhias, aos poucos vão dando espaço ao empoderamento dos colaboradores.
Várias empresas começaram a perceber, apesar do processo de flexibilização no trabalho não ser algo novo, que a visão off-line de gestão seja algo ultrapassado e que, de certa forma, interferem diretamente em seus resultados.
Esta tendência de emprego tem vários benefícios, profissionais que têm a liberdade de gerir a própria jornada de trabalho e cumprir horários mais flexíveis são mais produtivos.
Quem não quer conciliar a vida pessoal com a profissional? Trabalhar em uma empresa que possui políticas de horários flexíveis? Enquanto para uns isso é um sonho, para outros já se tornou realidade.
As razões que levam um trabalhador a optar pelo trabalho flexível são variadas.Em alguns casos, seu desempenho laboral ou pessoal estava sendo afetado;em outros, eles são pais e mães que precisavam estar mais com seus filhos.
Mas há também aqueles que estudam, ou simplesmente viver muito longe da empresa. Para eles, o cronograma fixo de oito horas de trabalho não é coerente com o seu estilo de vida.
Mas por que a organização deve considerar a oferta de trabalho flexível? Afinal, é “diferente” e se você tem um modelo de negócios tradicional, o fato de seus funcionários irem e virem a qualquer hora do dia pode ser chato e desorganizado.
Além disso, também dificulta coordenar a produtividade e o trabalho das pessoas. No entanto, a flexibilidade laboral traz muitos benefícios, e de fato, no Brasil algumas empresas já vem adotando-a como uma estratégia de recursos humanos.
Esta tendência de trabalho permitirá que você retenha os melhores talentos e colaboradores fundamentais para sua empresa.
Se a empresa optar por oferecer horários flexíveis existe uma grande possibilidade de ter uma maior produtividade (entre 10 e 40 por cento, segundo dados) e a rotatividade do pessoal terá uma boa redução, bem como, as faltas ao trabalho, o que significa uma economia considerável para a sua empresa.
Além disso, incentiva a motivação e ajuda a criar um ambiente de trabalho mais favorável.
Geralmente, os funcionários são muitas vezes gratos aos chefes por lhes permitir equilibrar as suas vidas e geralmente tendem a trabalhar mais e apresentar melhor desempenho e maior lealdade à empresa.
Essa flexibilização ocorre tanto no horário de trabalho como no espaço e na autonomia dos funcionários.
Uma forte tendência que está crescendo é chamada de Rowe (Results Only Work Environment, em inglês), algo como ambiente de trabalho de resultados, uma estratégia de recursos humanos na qual a empresa deixa de controlar o horário e o local de trabalho dos funcionários focando apenas no resultado.
Nesta abordagem o que importa é a qualidade do trabalho e o cumprimento de prazos e metas.
Atualmente existem ferramentas que ajudam o gestor a controlar a equipe mesmo quando o funcionário está fazendo home office.
Além disso, se este funcionário tiver metas bem estruturadas, adequadas ao seu cargo e capacidade, o gestor não precisa fazer um controle intensivo.
Dicas para o sucesso
- Defina em detalhes os objetivos que você espera obter empregados.Estes objetivos devem ser muito específicos e ter um prazo para o cumprimento. Certifique-se de que cada indivíduo conheça bem as suas responsabilidades.
- Defina quais canais e a frequência da comunicação, assim a forma e o momento de apresentar os avanços ou resultados do trabalho.
- Organize encontros regulares.Se você tiver muitos funcionários trabalhando de modo flexível é importante que se reúnam de vez em quando.Isso para dar feedback, compartilhar experiências e ideias, estabelecer metas e alcançar uma maior integração entre eles.
Bem sabemos que o maior desafio para a disseminação de ambientes de trabalho mais flexíveis no Brasil é a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) que é de 1943, que reforça o controle da produção, jornada e local de trabalho de seus funcionários em detrimento dos resultados.
Mas o mundo corporativo precisa e vem encontrando outras formas dentro da lei, para se adaptar à demanda atual.
Um exemplo são as startups, empresas de tecnologia e internet que vem dando uma aula de flexibilização e boas práticas trabalhistas.
E qual sua opinião sobre o assunto?